quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Jirau, simples assim,...!

Em 23 de março editei um artigo sobre os acontecimentos de Jirau, Santo Antonio e Suape. Sobre as condições efetivas de gestão de recursos humanos nos grandes canteiros de obras. Reportagens foram feitas pelos mais variados meios de comunicação sobre condições de trabalho e moradia. A administração de Jirau, algum tempo depois, enviou uma nota aos jornais com o comentário que admitiu 7000 homens antes do possível "necessário" e por isso seriam demitidos (belo planejamento). Agora, tempos depois, saiu um relatório oficial sobre o caso:"apenas um movimento de greve com más intenções" - simples assim!

Movimento criminoso travestido de greve!

A Polícia Civil de Rondônia acaba de concluir o inquérito sobre a revolta dos operários da Usina Hidrelétrica de Jirau em março. Na ocasião, um incêndio provocado pelos trabalhadores atingiu os alojamentos e o canteiro de obras. O relatório é amplamente favoravel à versão apresentada pela Camargo Correa, responsável pela obra, durante a crise. Os operários chegam a ser chamados de “milicianos” em alguns trechos da investigação encaminhada para o Ministério Público.

Segundo a polícia, entre os dias 15 e 17 de março, um grupo de trabalhadores “iniciou um movimento criminoso, travestido de paralisação e/ou greve, resultando na prática de furtos, incêndios, dano e dentre outros”. A agressão a um trabalhador por motoristas que transportam operários pela obra e a prisão de um operário próximo ao refeitório foram os responsáveis pela revolta.

A polícia afirma que o bando tinha a ‘falsa bandeira de um movimento grevista’ e que queria, na verdade, ‘depredar, danificar, incendiar e furtar as instalações de Jirau”. Os líderes do grupo vão responder pelos crimes de incêndio, dano qualificado, furto e formação de quadrilha.

Para relembrar leia também o artigo que editei à época dos acontecimentos:

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