quinta-feira, 28 de julho de 2016

Desenvolvimento de RH deve ser, essencialmente, um Facilitador e possuir inteligência aguçada para todas as coisas!

Há umas décadas atrás, a área de RH passou a ser entendida como composição de dois núcleos distintos, Administração de Recursos Humanos e Desenvolvimento de  Recursos Humanos. Como Administração de RH, entendem-se as atividades que tem no fundamento legal suas bases e, como Desenvolvimento de RH, entende-se como o “laboratório” de projetos de gestão de pessoas. O núcleo de Administração de RH tem como escopo principal o processamento da folha de pagamento, o recolhimento de impostos e de encargos sociais, a organização da documentação e registro de empregados e, em muitas empresas, a organização das atividades de Medicina e Segurança do Trabalho. Já o núcleo de Desenvolvimento de RH tem como escopo principal o processo de criação com sustentabilidade técnica e respeitando, quando necessário, as questões legais. 

Em Desenvolvimento as porteiras estão sempre abertas para ideias e projetos em Treinamento, Recrutamento e Seleção, Remuneração, Comunicação e Benefícios e temas pertinentes.

Hoje em dia  a área de Desenvolvimento ficou reduzida ao mínimo necessário no entender de cada empresa. Profissionais que antes lidavam com o dia a dia de suas empresas e desenvolviam suas ideias e seus projetos através de conhecimento próprio e/ou empírico, pesquisas na web (quando surgiu) e/ou em literatura disponível e cursos realizados, hoje não mais existem na maioria das empresas.

Em compensação, a disposição para organizar festinhas de celebração de “tempo de casa”, aniversariantes do mês, confraternização de final de ano e convescotes afins continuaram a todo vapor. Basta frequentar qualquer rede social de RH e reparar. Quando o assunto é o entendimento de uma questão legal da área trabalhista, proliferam participações e troca de opiniões e o interesse em entender o tema é notório. Agora, basta colocar um tema de Desenvolvimento para debate que a frequência de participantes é mínima com um ou outro comentário e, passados dois, três dias o assunto morre. 

Por que o povo de Desenvolvimento pouco debate? 

O empobrecimento do RH tem como ator principal o dirigente que nada exige e/ou desconhece o que poderia ser feito e como ator coadjuvante o RH passivo que acha ótimo quando o “chefe manda implantar o RH” e vai correndo pedir ajuda nas redes sociais.

O núcleo de Desenvolvimento de RH deve ser, essencialmente, um Facilitador (termo emprestado dos processos de gestão da qualidade) e possuir inteligência aguçada para todas as coisas.  

Deve fazer do conhecimento sua maior competência e estar sempre disposto à aquisição de novos saberes, à ampliação da criatividade e à percepção de ideias e novas oportunidades. Novos saberes podem propiciar a reformulação de conhecimentos anteriores mal estabelecidos. Deve participar ativamente da ampliação da competitividade da sua empresa, romper com passados que não retornarão mais, construir ambientes e cenários favoráveis ao seu crescimento e ao crescimento coletivo e abandonar comportamentos autoritários. 

Deve, ainda, aprender diariamente com os demais companheiros de trabalho, entendendo que a qualidade tem importância primordial para si e para a empresa. Deve aproveitar a mesmice e a escassa literatura e desenvolver novas concepções e metodologias em todos os sub sistemas de gestão de recursos humanos/pessoas. Fazer aflorar pensamentos novos. Desenvolver uma tese. Escrever um livro. Fazer acontecer!



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