segunda-feira, 13 de março de 2017

No mundo corporativo seu passado de vitórias e conquistas só interessa ao museu de sua estória!

Quando você vai a uma entrevista para um novo trabalho, quando você vai apresentar propostas e projetos de consultoria em uma determinada expertise, ao futuro patrão e/ou contratante, interessa, em um primeiro momento, conhecer e ouvir o que você fez no passado e o que você pode fazer e fará no futuro. 

No mundo corporativo, o seu passado de vitórias e conquistas, primeiro, só interessa ao museu de sua estória. Segundo, esse momento já foi! O que realmente interessa é “o agora”.

Diante de suas competências adquiridas, ao futuro patrão e/ou contratante, interessa saber como resolverá os problemas imediatos de gestão, como atingirá as metas organizacionais determinadas, como mediará relações sindicais, como irá atuar nos processos de gestão de pessoas e por aí vai.

O passado de vitórias e conquistas aconteceu em outras circunstâncias, em outro cenário econômico e social, em outro cenário de tecnologia e em outro cenário de recursos disponíveis. Principalmente, em outra faixa etária e com outros concorrentes!

É como disse o filósofo grego Heráclito. Segundo ele, ninguém “pode banhar-se duas vezes no mesmo rio”, pois na segunda vez, já não será o mesmo rio, uma vez que aquela água já se foi e é outra água que vem…

É a mesma estória de querer, a qualquer custo, voltar a trabalhar em uma empresa onde outrora foi feliz, pessoalmente e profissionalmente, considerando que, na sua cabeça, tomou a decisão errada ao sair. Havendo uma segunda vez, o rio não será o mesmo e você nunca será o mesmo a cada vez que entrar.

Uma vez que você entra em um projeto de “volta”, você não fica aqui e nem ali. Fica solto e sem foco. Não se desenvolve no seu momento atual e, muito menos, consegue efetivar a volta.

A cada dia enfrentamos e vivemos novas experiências e essas experiências nos trazem diferentes momentos. O conteúdo de um rio é sua água, seu leito e sua nascente, reabastecido com chuvas e temporais. Sem esse conteúdo nada mais existiria senão sua secura.

O conteúdo de um ser humano são os conhecimentos, as habilidades e as atitudes, reabastecidos regularmente com o exercício do aprendizado, da prática e da certificação. Da humildade do reaprendendo a aprender. Do saber lidar com o novo. Com o inusitado. Como disse Clemenceau, estadista francês, “o homem absurdo é o homem que não muda”.

Portanto, vamos à Luta!

 Carlos Alberto de Campos Salles
carh.consultoria@gmail.com



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