segunda-feira, 21 de agosto de 2017

O desenvolvimento da criatividade e da inventiva!

Margarita de Sánchez, professora do mestrado em criatividade aplicada da Universidade de Santiago de Compostela, em sua tese sobre pensamento lógico-criativo, afirma que o desenvolvimento da criatividade e da inventiva se vê muitas vezes afetado pela presença de barreiras ou bloqueios mentais que impedem a geração livre de idéias e o uso adequado das informações disponíveis. A limitação da percepção faz com que a visão da realidade seja parcial.

A tese foi defendida em 1996 porém, os conceitos dos limitadores
 identificados por Margarita, são duradouros!

1. POLARIZAÇÃO. Adoção de posições extremas, causada geralmente por falhas na percepção. A pessoa:

•        considera somente uma parte da informação que recebe;
•        sustenta seus conceitos com argumentos que mostram uma visão incompleta da realidade.

2. RIGIDEZ. Inflexibilidade para mudar enfoques e pontos de vista. A pessoa:

•        tende a utilizar padrões em cadeia e pensamento linear;
•        tem dificuldades para incorporar novas informações e enriquecer seus pontos de vista com os de outras pessoas e não aceita argumentos diferentes dos seus.

3. EGOCENTRISMO. Visão de túnel, centrada em si mesma.A pessoa:

•        enxerga os fatos pensando na forma como a afeta;
•        não consegue analisar situações de maneira imparcial.

4. PARCIALISMO. Percepção somente de uma parte da situação, geralmente por insuficiência de percepção. A pessoa:

•        analisa somente partes de uma situação;
•        não tenta obter uma visão geral dos fatos.

5. VISÃO OTIMIZADA DA REALIDADE. Observação de elementos soltos, sem integrá-los dentro de uma totalidade, nem relacioná-los entre si. A pessoa:

•        percebe e observa elementos soltos;
•        forma juízos, argumentos, descrições etc, sem significação pertinente ao contexto.

6. OPINIÕES SEM RESPALDO. Emissão de conclusões apressadas, sem obter as informações necessárias. A pessoa:

•        opina sem ter a informação completa;
•        argumenta sem bases conceituais e sem justificativas apropriadas;
•        não usa o pensamento para explorar possibilidades;
•        emite opiniões geralmente baseadas em preconceitos, crenças pessoais, emoções, idéias fixas, etc.

7. FIXAÇÃO EM DETERMINADO TEMPO. Observação somente de certos períodos de tempo. A pessoa:

•        vive do passado;
•        pensa só no tempo presente ou no futuro;
•        só observa curtos períodos de tempo;
•        tem dificuldades em perceber a relação entre passado, presente e futuro.

 8. DISTORÇÕES DE VALORES. Dificuldades para perceber e lidar com variáveis de contextos. A pessoa:

•        exagera os dados ao descrever fatos e situações;
•        formula generalizações apressadas, sem bases reais e objetivas;
•        gera argumentos aparentemente lógicos para sustentar ou defender seus pontos de vista.

9. PENSAMENTOS CONTRÁRIOS. Adoção de posições contrárias que dificultam a comunicação eficaz e a busca de consenso. A pessoa:

•        enfatiza suas posições em detrimento de uma exploração mútua dos fatos;
•        empenha-se em demonstrar seus pontos de vista sem perceber posições comuns que facilitam o intercâmbio produtivo de idéias.

 10. ARROGÂNCIA E PRESUNÇÃO. Postura de superioridade e auto-suficiência. A pessoa:

•        assume posturas falsas e imaginárias que crê serem verdadeiras;
•        possui crenças e preconceitos que distorcem a realidade;
•        muitas vezes atua de forma polarizada sem respeitar os argumentos das outras partes

 11. SOBERBA. Superestima pessoal e desqualificação da capacidade dos outros. A pessoa:

•        assume condutas explosivas, geralmente ofensivas aos seus semelhantes;
•        vê os erros dos outros e não percebe os seus;
•        estabelece diferenças hierárquicas para destacar sua superioridade.

12. INSEGURANÇA. Estado de desequilíbrio pessoal caracterizado por falta de confiança em si mesmo para responder as exigências e contingências do meio no qual se desenvolve. A pessoa:

•        acredita que não é capaz de enfrentar e resolver os problemas;
•        sente medo do novo;
•        mostra-se ansiosa com o desconhecido;
•        imagina resultados negativos ocasionados por desempenhos inadequados;
•        busca apoio constantemente em outras pessoas – dependência.

13. BAIXO AUTOCONCEITO. Sentimento de menos valia. A pessoa:

•        pensa que não é capaz;
•        tende a exagerar suas limitações;
•        se sente inferior;
•        se auto-sugestiona e de fato se impõe limites.

14. IMPLICAÇÕES DO EGO. Necessidade de acertar sempre. A pessoa:

•        usa seus pensamentos para apoiar seu ego e para manter-se sempre no correto;
•        tem dificuldades para aceitar idéias úteis e positivas;
•        tem dificuldades para admitir erros;
•        filtra as informações que recebe, de acordo com seus interesses.

15. FINGIMENTO. Adoção de posições falsas ante os demais, as quais não correspondem à realidade. A pessoa:

•        demonstra o que não sente;
•        adota posturas incoerentes.


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